quarta-feira, 11 de junho de 2008A INDÚSTRIA CULTURAL NO ÂMBITO TEATRALDentro do contexto essencialmente capitalista ao qual estamos inseridos, é muito comum o não desenvolvimento de questionamentos a respeito daquilo que consumimos ou muitas vezes fazemos. O chamado senso crítico, cada vez mais é substituído ou simplesmente aniquilado por ideais de um sistema, que nos vende a sensação de conforto e equilíbrio harmônico dos fatos. O homem de nossa época em vários aspectos continua sendo a máquina referida nos tempos modernos, mas com um significado muito mais abrangente que a forma maquinaria dos sistemas do corpo humano. Estamos inseridos em uma escala, onde a mercantilização e os meios de comunicação de massa nos proporcionam a nítida impressão de estabilidade ao fim do dia: Uma trágica noticia já não nos comove, a aceitação e o afastamento em termos temporal e sensível dos fatos, causados pela mídia, nos tornaram seres passivos e dispostos a consumir e “consumir”. Assistir ao noticiário acaba sendo um meio de informação que já não informa, pois o efeito ao final da programação, é o vazio. No teatro eficaz, o que acontece ao levante das cortinas, remete a uma determinada reflexão. A representação em tempo presente e seu desenrolar perante o público, se dá pela comunhão do real e imaginário, fundidos em um mesmo espaço. É a arte pela “arte”, aquela que traduz anseios, histórias, sentimentos e que é o retrato de uma cultura pertencente, exibida de forma natural e expressiva, sem pressões de mercado. |